domingo, 16 de julho de 2017

Os sofrimentos do Jovem Werther



Resumo


Os sofrimentos do Jovem Werther, escrito em 1774 por Johann Wolfgang von Goethe, aborda a questão da idealização do amor de forma muito dramática.
O livro conta a trajetória de Werther, que se muda para um vilarejo, isolando-se da sua família e amigos, porém ainda mantém contato com seu amigo Wilhelm. A obra é contada por meio de cartas nas quais Werther envia ao seu amigo, e que contam sobre seu dia-a-dia, segredos, e nelas também ele descreve como conheceu a sua amada Charlotte – prometida em casamento a Albert – e tudo que acontece em relação à ela.
No começo da obra, Werther descreve mais a paisagem do lugar onde se encontra, afirmando que é tudo muito bonito, encantado pelo ar bucólico do local; e fala também sobre sua relação com as pessoas que ali o cercam.
 Quando Werther conhece Lotte já se sente atraído pela inteligência que ela demonstra ao falar sobre os livros que ela gosta, e conforme o tempo passa ele vai se encantando cada vez mais pelo seu jeito simples e humilde.
Werther idealiza bastante sua amada, considerando-a perfeita e declara também que quando está perto de Charlotte, é como se ele voltasse a ser criança por um tempo. Porém, há o noivado de Lotte impedindo que ele avance nas suas intenções amorosas.
Esse amor descontrolado que Werther possui por Charlotte vai se tornando uma obsessão, pois ele passa os dias pensando nela e esse seu comportamento se torna algo preocupante.
Sofrendo por não ter seu amor correspondido, ele muda temporariamente de cidade com o intuito de tentar esquecê-la, mas isso não acontece, e quando retorna ao vilarejo Charlotte e Albert já estão casados, fazendo com que ele se sinta desolado.
O curioso da história é que apesar dele amá-la incondicionalmente, Werther não nutre ódio ou qualquer sentimento negativo por Albert, muito pelo contrário, é evidente a admiração e o sentimento de amizade que tem por ele.
Apesar de Charlotte já estar casada, ela acaba se tornando muito amiga de Werther, e eles saem para passear e ficam conversando horas sobre diversos assuntos, e por isso, à medida que eles iam se conhecendo cada vez mais, ela acaba percebendo que está apaixonada por ele; porém sabe que esse amor é impossível.
Então, o tão aguardado beijo entre Charlotte e Werther acontece, nesse momento Lotte soube que realmente amava-o, mas sabendo que não poderiam dar continuidade a esse amor ela pede que eles não se vejam mais; apesar de estar triste com a situação, Werther assente.
Entretanto, na mesma noite, ele pede aos criados de Albert que o emprestem as pistolas de Albert, alegando que iria viajar e que precisava de proteção.
Então Werther resolve cometer suicídio, e na manhã seguinte é encontrado morto com um tiro da pistola acima do seu olho direito.



(Quadro "Lolotte ed Werther)

Curiosidades

- Na época em que foi publicada, a obra goethiana desencadeou uma onda de suícidos na Europa, majoritariamente de jovens que se identificaram com as aflições do personagem. A psicanálise criou o termo Efeito Werther para denominar os suicídios em série que são influenciados por outros suicídios publicizados.
- Por causa dos relatos de suicídos supostamente baseados na obra goethiana, o livro foi banido e sua venda e circulação proibidas.
Curiosidade bônus: Outro caso de Efeito Werther se deu a partir da série do Netflix "13 Reasons Why", houve relatos de jovens que se suicidaram após assistirem o último episódio da série, no qual a protagonista se mata de forma bem explícita. Essa cena contrariou o que o Manual para profissionais da mídia criado pela OMS recomenda acerca da exposição do suicídio pela mídia.




Citações

"Às vezes não compreendo como outro possa amá-la, tenha o direito de amá-la, quando eu, somente eu a amo, com tanta ternura, tão profundamente, não pensando em outra coisa, querendo apenas esse amor, e não possuindo nada além dela."

"Por que é que aquilo que faz a felicidade do homem acaba sendo, igualmente, a fonte de suas desgraças?"

"A vida humana não passa de um sonho. Mais de uma pessoa já pensou nisso. Pois essa impressão também me acompanha por toda a parte. Quando vejo os estreitos limites onde se acham encerradas as faculdades ativas e investigadoras do homem, e como todo o nosso trabalho visa apenas a satisfazer nossas necessidades, as quais, por sua vez, não têm outro objetivo senão prolongar nossa mesquinha existência." 

Ad infinitum (Essa obra possui muitas citações lindas e de pura reflexão).

Comentários

Larissa Parodi

"Achei muito boa a obra, de fácil leitura e compreensão. No início quando Werther narra a paisagem e etc. remetendo um pouco ao Arcadismo, achei meio chatinho mas logo pude retomar o interesse pela obra.
É bela a ingenuidade e pureza do amor de Werther por Charlotte, porém às vezes ele se torna meio obsessivo, querendo a todo custo que ela se apaixonasse por ele.
Em geral, posso dizer que adorei o livro porque pude me identificar muitas vezes com os sentimentos do protagonista, quanto à reflexão sobre a vida e o amor.
Com certeza leria novamente, porém com mais calma.
#SomosTodosWerther."

Nicole Roza Mello

"Achei cansativo o inicio do livro, e a história não tão envolvente, apesar de que o final me surpreendeu muito."


Wallace Azambuja

"Acho que por se tratar de um dos primeiros romances, o abalo pelo final surpreendente do livro pegou muitos leitores desprevenidos, o que causou o abalo emocional que (dizem) resultou no suicídio de muitos jovens da época. Minha leitura é a de um enredo até bem realista, que mostra o funesto destino de uma pessoa sentimental demais."

Renan Hoffmann

"De alguma forma eu me lembrei muito do  livro Iracema, por mais que seja uma história indígena ele possui muito esse trama de amor proibido e de idealização da mulher. No qual é bem envolvente, porque  tu espera aquele beijo que demora, aquele trama de mulher perfeita e de " Morrer de amor"  no qual posso aqui comparar novamente a Iracema, que também morre de amor, e de saudade fruto de um amor proibido".  Pode parecer uma história enrolada, mas que o fim vem com tudo e surpreendendo de uma forma que não tem explicação, pois tu não espera por aquilo". 

Robinson Crusoé


Resumo


Filho de família de classe média, é uma história que não é apenas um naufrágio conta muitas outras coisas. Ele vem da Inglaterra e é um cara que sempre gostou de navegar, ele tinha uma fome de aventura, queria muito conhecer o mundo, encontrar coisas bacanas para se fazer. Não queria ter uma vida de classe média como seus pais. Muitas foram as tentativas deles para que Robinson parasse e ficasse na mesmice, e aceitasse a vida de classe média que tinha, pois ele não iria viver mal e também muitas já foram as tentativas no mar que não deram certo, pois ele quase morre em varias saídas. Porém ele vai assim mesmo viver suas aventuras junto com outros homens, então até ele ter um naufrágio ele passa por diversas situações. Ele faz amizade com um capitão, no qual aprende muito sobre navegação, e investimentos, fazendo com que sua ambição crescesse.
Um acontecimento que é de grande importância da obra, que ele foi servo e ficou escravo por dois anos, pois foi atacado por piratas e foram levados para costa, eles fazem uma fuga no qual foram em direção ao sul na costa africana. E foram para o Brasil, num bote português no qual foram bem recebidos. Duraram vinte e dois dias até chegar à Bahia. Também temos o acontecimento que ele foi um dono de engenho no Brasil com a ajuda do capitão português, nos possibilitando perceber o que um inglês pensa sobre o Brasil naquele tempo. Ele estava ficando rico, até escravo ele comprou. Ele estava muito ambicioso, pois suas produções de canas estavam crescendo.
Logo ele quis ter mais escravos para que seu trabalho crescesse, Teve uma proposta de fazer uma viagem num barco para pegar clandestinamente escravos, pois os preços deles estavam muito caros e foi junto com 15 marinheiros e canhões e cheio de miudezas para se fazer trocas na África. Então seu navio naufraga por causa de uma grande tempestade que aconteceu, em um lugar que eles nem sabiam identificar, mas que era impossível continuar com o mesmo barco para a África, então agora são 11 homens que embarcaram em um bote para continuar. Veio uma onda enorme sobre eles, todos acabam morrendo, porém o jovem Crusoé é o único que fica vivo e chega até uma ilha no Caribe na qual ele fica lá durante 28 anos, completamente isolado de tudo e passa a mostrar como ele sobreviveu, o que ele fez durante todo esse tempo nessa ilha.
Levou um ano para construir uma fortaleza, ele ficou tranquilo por não ter animais selvagens na ilha, e foi se adaptando. Nisso para passar o tempo escrevia um diário, escrevia toda sua rotina diária na ilha. Após quatro anos, as roupas que trouxe do navio estavam tudo em farrapos, não podia andar nu, por ser muito branco e o sol muito forte, então ele produz suas roupas com pele de animais, e ainda quer construir uma canoa para sair dali. No sexto ano ele foi para o mar, com a canoa, mas não deu certo.
Então se passa o tempo, e vêm dois botes na ilha de canibais, junto com dois caras, um que morre logo na chegada e outro foge, e Robinson o ajuda e mata os canibais que estavam perseguindo o homem. Tornaram- se amigos, e chama-o de sexta-feira, pois foi o dia que chegou. Foram então a procura de coisas para construir um barco novo e em um mês fizeram, e deu certo, mas acabou encalhando.
Chegaram muitos botes na praia e muitas batalhas aconteceram. Dominaram então um barco dos rebeldes, pois junto com Sexta-feira e alguns homens lutam contra esses caras e pegaram botes deles. Agora o plano era pegar um navio e deu certo após uma batalha e sendo salvos pelo capitão. E todos conheciam Robinson como governador daquela ilha.
Voltou para Inglaterra após 35 anos longe.

Citações 


"O medo do perigo é mil vezes pior do que o perigo real".

 "O grau mais elevado da sabedoria humana é saber adaptar o seu carácter às circunstâncias e ficar interiormente calmo apesar das tempestades exteriores".
"A necessidade transforma um homem honesto num velhaco".
"Desejar o melhor, recear o pior e aceitar o que vier".





Curiosidades


- Robinson Crusoé é o principal personagem do livro de mesmo nome, escrito pelo inglês Daniel Defoe. Defoe nasceu em 1660, em Londres, e morreu nessa mesma cidade no dia 24 de abril de 1731
- Supõe-se que o enredo básico tenha sido influenciado pela história de Alexandre Selkirk um náufrago escocês que viveu durante quatro anos em uma ilha do Pacifico chamada "Más a Tierra" (renomeada em 166 para Ilha Robinson Crusoé)
- É também provável que Defoe tenha sido influenciado pela tradução em Latim ou Inglês de O filósofo autodidata de Ibn Tufail , romance do século XII na época recém-lançado pela primeira vez na Europa e que também gira em torno de um personagem isolado em uma ilha deserta.

Avaliação da obra 

Renan Hoffmann

"Eu achei um livro muito misterioso, no qual tu fica muito intrigado com o personagem, pois ele sempre promete fazer algo e faz coisas bem diferentes no futuro. Tive a impressão que Crusoé era um homem  que gostava de toda a atenção para ele e sempre querendo ser superior, um pouco influencia na ambição que ele possuiu no decorrer da história. Mas de fato uma obra bem interessante, que te prende muito, porque todos os fatos que são passados são de grande importância o entendimento para compreender tudo o que ele fez para sair daquela ilha".

Nicole Roza Mello

"Achei o livro meio confuso em certas partes, pois há muita aventura e histórias no meio dele."

Wallace Azambuja

"A história me lembrou do Jean de Léry e do filme Náufrago; ao ler relatos de aventureiros marítimos, a primeira coisa que noto é a coragem deles em ter feito isso; mas vendo o que acontece com o Robinson Crusoé, os riscos durante a aventura valeram pelo fim que teve."

Larissa Parodi

"Não gostei muito da obra, achei cansativa a leitura e o personagem meio arrogante. Porém, não posso negar que há aspectos na obra que são interessantes, como o conflito Fé x Razão, retratado quando Robinson catequiza Sexta-feira, que era canibal, transformando a irracionalidade dele através da fé."



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Macbeth







Resumo


Macbeth é uma tragédia sobre um regicídio escrita por William Shakespeare, acredita-se que tenha sido escrita por volta de 1603-1605, um pouco antes ou junto com Hamlet.
A história efetivamente começa quando Macbeth, atual Thane de Glamis, está retornando de batalha com seu companheiro Banquo, e então eles encontram três bruxas que dizem profecias à Macbeth, a primeira é de que será Thane de Cawdor e a segunda profecia é de que ele se tornará rei da Escócia. Curioso sobre essas profecias, Banquo também pergunta como será seu futuro, e as bruxas respondem que ele não será rei, porém será pai de uma linhagem.
Em seguida, chega um mensageiro trazendo boas notícias para eles, anunciando que Macbeth recebeu o título de Thane de Cawdor, assim concretizando a primeira parte da profecia. Feliz com essa notícia, Macbeth escreve uma carta para contá-la à Lady Macbeth.
Após isso, Macbeth é avisado de que o Rei Duncan passará uma noite em seu castelo, logo Lady Macbeth começa a arquitetar um plano para assassiná-lo e fazer com que seu marido se torne rei.
Na noite do crime, Macbeth e sua esposa aguardam o rei dormir para darem seguimento ao seu plano que consiste em embriagar os criados que vigiam a porta do quarto de hóspedes e em seguida apunhalar Duncan.
Feito isso, Lady Macbeth pergunta se o marido deixou evidências para comprovar que a autoria do crime foi dos criados, ele diz que não o fez com êxito, então ela manda Macbeth voltar lá e finalizar o serviço, porém ele diz que não tem condições de retornar à cena do crime. Lady Macbeth vai aos aposentos de Duncan e passa o sangue real nos braços, mãos e rostos dos criados, para dar veracidade à cena, e também deixa os punhais ensanguentados sob os travesseiros ao lado do corpo.
Na manhã seguinte o encarregado de acordar o rei para que ele possa partir de volta ao seu castelo, vem horrorizado dar a notícia de que o Rei Duncan foi assassinado enquanto dormia. Após receberem essa notícia, os filhos do rei, Donalbain e Malcolm estão com medo de permanecerem ali e decidem ir para Irlanda e Inglaterra respectivamente. Porém, o sumiço deles faz com que ambos se tornem os principais suspeitos do assassinato, sendo assim considerados parricidas.
Então quando Macbeth e Banquo estão em uma sala do palácio, Banquo “joga um verde” para Macbeth, demonstrando um pouco de desconfiança em seu amigo, no trecho que diz: “Tens tudo agora: és rei, Cawdor e Glamis, conforme as bruxas prometeram. Muito receio que o não tenhas conseguido senão à custa da traição mais negra”. Além disso, instiga que Macbeth tenha grandes chances de perder seu trono, já que o relembra da profecia que as bruxas fizeram a ele no trecho: “Todavia foi dito que a coroa não ficaria em tua descendência, mas que eu serei o tronco e pai de muitos reis”.
Nessa parte do livro já é evidente o descontrole e obsessão de Macbeth em obter seu trono acima de tudo, como podemos observar no trecho: “Puseram sobre a minha testa uma coroa estéril, colocaram-me nas mãos um cetro que outras mãos de estranha estirpe hão de arrancar-me, nenhum filho meu sucedendo-me!”. Então, logo após essa conversa ele já encomenda a morte de Banquo e de seu filho Fleance, para que a profecia destinada àquele que era seu amigo não se concretize.
Então os assassinos contratados por Macbeth conseguem matar Banquo, porém Fleance obtém êxito em sua fuga. Macbeth, sua esposa, e alguns senhores estão num salão desfrutando de um banquete, quando os algozes chegam para avisá-lo da conclusão do serviço; e então Macbeth começa a ter alucinações com o espírito de Banquo que senta em sua cadeira, porém Lady Macbeth justifica a ação de seu marido alegando que ele possui uma demência e logo finalizam o jantar.
Cada vez mais atormentado pela sua ganância e culpa Macbeth resolve consultar as bruxas novamente, que dizem que ele deve ter cuidado com MacDuff, porém não deve se preocupar em relação ao trono pois ninguém “nascido” de uma mulher seria capaz de derrotá-lo; as bruxas dizem também que ele só poderia ser vencido no dia em que a Floresta de Birnam caminhasse até o Monte Dunsinane, profecia na qual ele praticamente ignora pois uma floresta e um monte são coisas que não possuem vida própria, e por via das dúvidas, Macbeth manda matar todas as pessoas no castelo de MacDuff.
Enquanto isso, consumida pela culpa, Lady Macbeth caminha sonâmbula pelo castelo, tentando limpar as manchas imaginárias de sangue em suas mãos. Por conta disso, ela acaba enlouquecendo e cometendo suicídio.
Macbeth agora é considerado um tirano, e “perde a moral” perante seus thanes, que acabam deixando de apoiá-lo. Assim, Malcolm e MacDuff formam e lideram um exército visando a derrubada de Macbeth do poder, então o exército que estava acampado na Floresta de Birnam, utilizando-se de camuflagem com galhos e folhas, marcha em direção ao Monte Dunsinane, assim concretizando uma das profecias que as bruxas disseram ao tirano.

Por fim, Macbeth luta contra MacDuff, confiante de sua vitória, pois conforme outra profecia que uma das bruxas fizera outrora ele não poderia ser abatido por quem tivesse nascido de uma mulher e nesse caso, a palavra “nascido” se referia a dar à luz por meio do seu ventre, de parto natural. Nessa hora MacDuff revela que nasceu de cesárea - então teoricamente não foi parido por uma mulher porque fora tirado do ventre antes do tempo – e derrota Macbeth desferindo um golpe que corta a cabeça daquele que reinou de forma tão cruel.








Citações

"E todos esses nossos ontens têm alumiado aos tontos que nós somos nosso caminho para o pó da morte. Breve candeia, apaga-te! Que a vida é uma sombra ambulante: um pobre ator que gesticula em cena uma hora ou duas, depois não se ouve mais; um conto cheio de bulha e fúria, dito por um louco, significando nada."

Avaliação da obra

Larissa Parodi



"Nunca tinha lido Shakespeare, e adorei esse livro, é muito bem construído, possuindo um enredo surpreendente, e que prende o leitor até o final. Tem muitas citações incríveis, e mesmo tendo sido escrito cerca de 400 anos atrás, o tema central - ganância e abuso de poder - pode ser bastante comparado com nosso cenário político atual. Leria novamente!"

Renan Hoffmann


"É uma  história que te deixa com muita raiva, pois os horrores feitos pelo casal são inacreditáveis, eu fiquei com muito nojo da Lady, pois ela que é a maior vilã de tudo isso, ela já tinha tudo na  sua cabeça, planejado e só ordenava como se tivesse tudo bem, como se tudo aquilo fosse algo normal, pela pura ambição.
Eu particularmente fiquei muito surpreso, porque nunca havia lido Shakespeare eu achei fantástico a maneira que mostra bem os fatos e descreve não te deixa com dúvidas, e a maneira que o livro te coloca na história e te faz imaginar como aconteceu cada cena."

Nicole Roza Mello


"Adorei o livro, nunca pensei que iria gostar tanto de Shakespeare. O texto é de fácil entendimento e com muita tragédia envolvida, o que me lembra meu primeiro livro na cadeira, Édipo Rei. Certamente o leria novamente muitas e muitas vezes!"


Wallace Azambuja

"Sinceramente, a vibe por se tratar de um livro do Shakespeare não surtiu efeito, pelo menos pra mim. Talvez outra história do autor eu possa gostar, mas essa, acho que pelo grande número de personagens, e alguns nomes difíceis de falar e memorizar (Banquo, Duncan) não me satisfez."






Escola de Mulheres



Resumo

  Este livro tem como personagem principal Arnolfo, um homem de 40 e poucos anos (considerado velho em seu tempo), que deseja ter o casamento perfeito, com uma esposa fiel e dedicada. Logo no início ele declara seus planos, desprezando os maridos que permitem que suas esposas os traiam. Alegando que ele já escolheu sua esposa, que a "moldou" como queria; além de contar seus planos para com ela.
   Sua futura esposa é retratada como extremamente ingênua, tendo sido escolhida aos seus quatro anos de idade por ele. Além de ter estudado em um convento, sob as ordens dele, ainda foi inteiramente privada de liberdade e de conhecimentos externos, ou seja, ela só fazia/sabia, aquilo que ele queria.
  Ao longo do livro há a reviravolta da história, onde Inês descobre o amor através de alguém que, inicialmente, se aproveita de sua ingenuidade para se aproximar dela. Amor esse que se mantém até o final do livro. Horácio era amigo de Arnolfo, e lhe conta sobre sua investidas com a moça e seus avanços, sem desconfiar que Inês o "pertencia". Ou seja, ele se "entregava" ao noivo de Inês, sem saber o que este realmente era.
  Ao fim do livro tudo é posto "em branco", se descobre que a prometida de Horácio é alguém que aos quatro anos fora tirada de casa, para ser criada a fim de se tornar a esposa perfeita de um ricaço, e que este é Arnolfo. Ou seja, sua prometida já é sua amada, e Arnolfo acaba sendo o corno que tanto satirizava em suas falas.



Citações

"Por mais que isso lhe aborreça
caneta tinta e papel
deve tirar da cabeça.
A ignorância é um escudo.
Num lar realmente honrado
o marido escreve tudo."
(Lições do casamento, 'sétima lição')


"No meio disso tudo, o que me dá prazer é que o próprio galante é que vem me informar como pôs a armadilha. O infeliz trapalhão, que me quer destruir, elegeu confidente o seu próprio rival." 
-Arnolfo


"Se todos os maridos que conheço recebessem os amantes das esposas com o calor com que recebo este, o número de chifres da cidade seria bem menor."
-Arnolfo






Curiosidades

- A peça foi escrita em 1662, por Jean-Baptiste Poquelequin (1622-1673);
-Muito criticada logo que foi lançada, por seu tom satírico aos costumes da época.
-Outras obras do autor: As preciosas ridículas (1659); Tartufo (1664); O Avarento (1668); Anfitrião (1668).

Avaliação da obra

Nicole Roza Mello

"Adorei a obra, de leitura fácil e instigante. Sendo esta uma das falas que mais gostei "Para quem acha os chifres a suprema vergonha, não casar é a única forma de estar seguro". Admito que durante o livro inteiro, estava torcendo para que Arnolfo ficasse com Inês, pois, ao meu ver, ele a amava sim, e apesar de estar querendo alguém submissa a ele, percebe-se o motivo principal para isto, é que ele não queria ser corno, como seus vizinhos. Ou seja, ele apenas não queria ser feito de tolo, e analisando a sociedade, percebeu como eram as mulheres que possuíam amantes, tendo assim o perfil delas, o qual não queria para sua futura esposa, pois o desaprovava. Ao fim, fiquei desejando uma continuação, um final feliz para Arnolfo, assim como Inês e Horácio tiveram."


Renan Hoffmann

"Eu achei uma história bem louca, pois  o cara que mais pregava contra as mulheres que traíram, ou gozava das pessoas que eram traídas e que se tornavam cornas, ele passou a ser um.  Também de alguma forma nos mostra que o amor sempre prevalece, porque ele fez tudo para que não fosse corno,  criou a Inês para que sempre obedecesse ele, mas ela acabou escapando e querendo outro cara. 
É uma obra que não precisamos  ter um grande esforço para ler, pois ela é bem fácil de entender, porém me deixou com vários questionamentos ao longo da história que ia se revelando partir da leitura".


Larissa Parodi

"Adorei a obra, o enredo é bem envolvente, e quando estava lendo até cheguei a rir em algumas partes porque foi sensacional o personagem querer evitar uma situação que no final tudo conspirou a favor. Quando Arnolfo conversava com o seu amigo, e esse dizia o que acontecia com ele e Inês era muito engraçado.
Também tive a mesma impressão do Renan, de que quando as pessoas se apaixonam o amor sempre é maior do que tudo. Porém não concordo que Arnolfo tenha sido traído visto que ele nem era casado com Inês, e na verdade ela o via como uma figura paterna, pois foi ele quem a criou."


Wallace Azambuja

"Se de fato o que Molière escreveu é um retrato social daquele tempo, vê-se que o homem possuiu traços comportamentais duvidosos desde há muito tempo (séc. XVII). Mesmo se tratando de uma sátira, acho complicado imaginar uma criança a partir de seus 4 anos já com o destino traçado."