Resumo
Macbeth é uma tragédia sobre um regicídio escrita por William Shakespeare, acredita-se que tenha sido escrita por volta de 1603-1605, um pouco antes ou junto com Hamlet.
A história efetivamente começa quando Macbeth, atual Thane de Glamis, está retornando de batalha com seu companheiro Banquo, e então eles encontram três bruxas que dizem profecias à Macbeth, a primeira é de que será Thane de Cawdor e a segunda profecia é de que ele se tornará rei da Escócia. Curioso sobre essas profecias, Banquo também pergunta como será seu futuro, e as bruxas respondem que ele não será rei, porém será pai de uma linhagem.
Em seguida, chega um mensageiro trazendo boas notícias para eles, anunciando que Macbeth recebeu o título de Thane de Cawdor, assim concretizando a primeira parte da profecia. Feliz com essa notícia, Macbeth escreve uma carta para contá-la à Lady Macbeth.
Após isso, Macbeth é avisado de que o Rei Duncan passará uma noite em seu castelo, logo Lady Macbeth começa a arquitetar um plano para assassiná-lo e fazer com que seu marido se torne rei.
Na noite do crime, Macbeth e sua esposa aguardam o rei dormir para darem seguimento ao seu plano que consiste em embriagar os criados que vigiam a porta do quarto de hóspedes e em seguida apunhalar Duncan.
Feito isso, Lady Macbeth pergunta se o marido deixou evidências para comprovar que a autoria do crime foi dos criados, ele diz que não o fez com êxito, então ela manda Macbeth voltar lá e finalizar o serviço, porém ele diz que não tem condições de retornar à cena do crime. Lady Macbeth vai aos aposentos de Duncan e passa o sangue real nos braços, mãos e rostos dos criados, para dar veracidade à cena, e também deixa os punhais ensanguentados sob os travesseiros ao lado do corpo.
Na manhã seguinte o encarregado de acordar o rei para que ele possa partir de volta ao seu castelo, vem horrorizado dar a notícia de que o Rei Duncan foi assassinado enquanto dormia. Após receberem essa notícia, os filhos do rei, Donalbain e Malcolm estão com medo de permanecerem ali e decidem ir para Irlanda e Inglaterra respectivamente. Porém, o sumiço deles faz com que ambos se tornem os principais suspeitos do assassinato, sendo assim considerados parricidas.
Então quando Macbeth e Banquo estão em uma sala do palácio, Banquo “joga um verde” para Macbeth, demonstrando um pouco de desconfiança em seu amigo, no trecho que diz: “Tens tudo agora: és rei, Cawdor e Glamis, conforme as bruxas prometeram. Muito receio que o não tenhas conseguido senão à custa da traição mais negra”. Além disso, instiga que Macbeth tenha grandes chances de perder seu trono, já que o relembra da profecia que as bruxas fizeram a ele no trecho: “Todavia foi dito que a coroa não ficaria em tua descendência, mas que eu serei o tronco e pai de muitos reis”.
Nessa parte do livro já é evidente o descontrole e obsessão de Macbeth em obter seu trono acima de tudo, como podemos observar no trecho: “Puseram sobre a minha testa uma coroa estéril, colocaram-me nas mãos um cetro que outras mãos de estranha estirpe hão de arrancar-me, nenhum filho meu sucedendo-me!”. Então, logo após essa conversa ele já encomenda a morte de Banquo e de seu filho Fleance, para que a profecia destinada àquele que era seu amigo não se concretize.
Então os assassinos contratados por Macbeth conseguem matar Banquo, porém Fleance obtém êxito em sua fuga. Macbeth, sua esposa, e alguns senhores estão num salão desfrutando de um banquete, quando os algozes chegam para avisá-lo da conclusão do serviço; e então Macbeth começa a ter alucinações com o espírito de Banquo que senta em sua cadeira, porém Lady Macbeth justifica a ação de seu marido alegando que ele possui uma demência e logo finalizam o jantar.
Cada vez mais atormentado pela sua ganância e culpa Macbeth resolve consultar as bruxas novamente, que dizem que ele deve ter cuidado com MacDuff, porém não deve se preocupar em relação ao trono pois ninguém “nascido” de uma mulher seria capaz de derrotá-lo; as bruxas dizem também que ele só poderia ser vencido no dia em que a Floresta de Birnam caminhasse até o Monte Dunsinane, profecia na qual ele praticamente ignora pois uma floresta e um monte são coisas que não possuem vida própria, e por via das dúvidas, Macbeth manda matar todas as pessoas no castelo de MacDuff.
Enquanto isso, consumida pela culpa, Lady Macbeth caminha sonâmbula pelo castelo, tentando limpar as manchas imaginárias de sangue em suas mãos. Por conta disso, ela acaba enlouquecendo e cometendo suicídio.
Macbeth agora é considerado um tirano, e “perde a moral” perante seus thanes, que acabam deixando de apoiá-lo. Assim, Malcolm e MacDuff formam e lideram um exército visando a derrubada de Macbeth do poder, então o exército que estava acampado na Floresta de Birnam, utilizando-se de camuflagem com galhos e folhas, marcha em direção ao Monte Dunsinane, assim concretizando uma das profecias que as bruxas disseram ao tirano.
Por fim, Macbeth luta contra MacDuff, confiante de sua vitória, pois conforme outra profecia que uma das bruxas fizera outrora ele não poderia ser abatido por quem tivesse nascido de uma mulher e nesse caso, a palavra “nascido” se referia a dar à luz por meio do seu ventre, de parto natural. Nessa hora MacDuff revela que nasceu de cesárea - então teoricamente não foi parido por uma mulher porque fora tirado do ventre antes do tempo – e derrota Macbeth desferindo um golpe que corta a cabeça daquele que reinou de forma tão cruel.
Citações
"E todos esses nossos ontens têm alumiado aos tontos que nós somos nosso caminho para o pó da morte. Breve candeia, apaga-te! Que a vida é uma sombra ambulante: um pobre ator que gesticula em cena uma hora ou duas, depois não se ouve mais; um conto cheio de bulha e fúria, dito por um louco, significando nada."
Avaliação da obra
Larissa Parodi
"Nunca tinha lido Shakespeare, e adorei esse livro, é muito bem construído, possuindo um enredo surpreendente, e que prende o leitor até o final. Tem muitas citações incríveis, e mesmo tendo sido escrito cerca de 400 anos atrás, o tema central - ganância e abuso de poder - pode ser bastante comparado com nosso cenário político atual. Leria novamente!"
Renan Hoffmann
"É uma história que te deixa com muita raiva, pois os horrores feitos pelo casal são inacreditáveis, eu fiquei com muito nojo da Lady, pois ela que é a maior vilã de tudo isso, ela já tinha tudo na sua cabeça, planejado e só ordenava como se tivesse tudo bem, como se tudo aquilo fosse algo normal, pela pura ambição.
Eu particularmente fiquei muito surpreso, porque nunca havia lido Shakespeare eu achei fantástico a maneira que mostra bem os fatos e descreve não te deixa com dúvidas, e a maneira que o livro te coloca na história e te faz imaginar como aconteceu cada cena."
Nicole Roza Mello
"Adorei o livro, nunca pensei que iria gostar tanto de Shakespeare. O texto é de fácil entendimento e com muita tragédia envolvida, o que me lembra meu primeiro livro na cadeira, Édipo Rei. Certamente o leria novamente muitas e muitas vezes!"
Wallace Azambuja
"Sinceramente, a vibe por se tratar de um livro do Shakespeare não surtiu efeito, pelo menos pra mim. Talvez outra história do autor eu possa gostar, mas essa, acho que pelo grande número de personagens, e alguns nomes difíceis de falar e memorizar (Banquo, Duncan) não me satisfez."
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